terça-feira, 12 de julho de 2011

Podcast - A espada mágica!

Desenvolvemos um projecto no âmbito de duas unidades curriculares do nosso mestrado em Estudos da Criança - Tecnologias da Informação e Educação.
A partir de um texto escrito colectivamente por uma turma de 3º ano, criou-se um podcast feito pelos alunos e posteriormente um e-book e uma narrativa digital.
Através deste projecto trabalhámos várias competências com os alunos e explorámos diferentes aplicações informáticas que podem ser uma mais valia no nosso dia-a-dia como docentes. Os três aplicativos podem ter diferentes utilizações: o podcast pode ser utilizado para treinar a memória auditiva, o e-book é uma forma diferente de construção de um livro de turma, que pode ser visualizado por todos na escola e em casa e, finalmente, a narrativa digital alia a imagem ao som, uma nova forma de contar histórias.


(Clica na imagem para ouvires a história)

Podcast - A maior empresa do Mundo de Fernando Pessoa

Porque queremos que os obstáculos que formos encontrando neste mestrado e na nossa vida se transformem em pedras com que vamos construir o nosso castelo...

(Clica na imagem para ouvires o poema)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A espada mágica - narrativa digital

No âmbito desta unidade curricular, foi-nos proposto pela professora Doutora Clara Coutinho, a realização de uma narrativa digital.
A história da narrativa foi desenvolvida pelos alunos do 3º ano do 1º ciclo do centro educativo António Lopes- Póvoa de Lanhoso, orientados pela professora Ema Ribeiro, bem como o podcast e a ilustração ficou a cargo não só da turma do 3º ano, mas também dos alunos do 2º ano A da EB1 da Igreja em S. João de Ponte - Guimarães, orientados pela professora Vânia Rodrigues.


Esta narrativa foi elaborada no contexto da área de Língua Portuguesa. Os nossos objectivos foram principalmente: estimular a oralidade e o uso correcto do novo vocabulário, desenvolver a estruturação e a sequencialização das ideias, experimentar situações que desenvolvam o gosto pela leitura e pela escrita, escrever em grupo através de motivações lúdicas e a construção e apresentação de uma história de uma forma diferente, inovadora e motivadora para os alunos.


No nosso caso, a Narrativa Digital foi toda construída já dentro de um ambiente educativo, pois foiróprios alunos e com a elaboração da narrativa pretendemos fomentar nos mesmos o gosto pela escrita e a criatividade. Num futuro projecto pretendemos que os alunos utilizem mais autonomamente os programas utilizados (Audacity, Windows Movie Maker, paint, Gimp, entre outros) de forma e desenvolver neles competências ao nível das TIC.

A elaboração da narrativa ficou ao nosso cargo (Ema Ribeiro, Margarida Sousa e Vânia Rodrigues).


Autoria: Alunos do 3º Ano do Centro Escolar António Lopes - Póvoa de Lanhoso

Alunos do 2º Ano da E.B. 1 da Igreja - São João da Ponte

Professoras: Ema Ribeiro, Margarida Sousa e Vânia Rodrigues

Descrição: História criada a partir de imagens e de uma "receita de histórias", acerca de um cavaleiro que quer encontrar uma espada para conseguir salvar a sua princesa.

Recursos usados: Microsoft Word, Microsoft Powerpoint, Myebook, Audacity, Paint, Photofiltre

Público alvo: crianças dos 6 aos 10 anos.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

WebQuest - O Passado Nacional


Clica na imagem para abrir a WebQuest

A nossa WebQuest tem como tema “O Passado Nacional”, um conteúdo programático inserido no Bloco de Estudo do Meio “À Descoberta dos Outros e das Instituições”, do 4ºano de escolaridade. A Tarefa que os alunos terão de concretizar será tornarem-se em descobridores e descobrirem mais sobre os primeiros povos que habitaram a nossa península, como se formou o nosso país, quais os reis que fizeram a nossa monarquia, como foram os descobrimentos e finalmente, a implantação da República.

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Galáxia da Internet

Reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade

Manuel Castells



A realidade social da virtualidade da internet


Este capítulo que análisámos, incia-se com referência a vários estudos efectuados no sentido de perceber se o uso da internet beneficia ou não os relacionamentos sociais entre os indivíduos. Muito se tem falado acerca deste tema, e no nosso dia-a-dia ouve-se ocasionalmente dizer que a internet afasta as pessoas, que proporciona o isolamento, uma vez que, os indívidios se fecham no seu mundo, com o seu computador, dentro de suas casas.


Contudo, e falamos por experiência própria, a internet e as comunidades virtuais e as redes sociais possibilitam encontrar pessoas que já não se viam há imenso tempo (caso do Facebook), ou até, a análise em grupo deste texto, feita em simultâneo no Google docs. Não estamos presencialmente juntas, mas a internet virtualmente possibilita e facilita o nosso trabalho colaborativo.


Anderson e Tracey, 2001; Howard, Rainie e Jones, 2001, referem no seu estudo que “os usos da internet são, esmagadoramente, instrumentais, e estreitamente ligados ao trabalho, à família e à vida quotidiana” (Castels,2003 :99)


Outros estudos apresentados vão no sentido de que a internet promove a socialização entre os usuários, havendo um contacto regular pessoa-pessoa com amigos e familiares. Também apontam estudos que comprovam o contrário, contudo, nesses estudos, os usuários estavam pouco à vontade com a internet o que levava a um resultado contrário.


No geral, então, os dados recolhidos por Castels (2003), referem que o uso da internet não leva a uma menor interacção social mas que por vezes pode ser um substituto de outra actividade de carácter social.


Comunidades, redes e a transformação da sociabilidade


Vários estudiosos enfatizam que o surgimento de diversas ferramentas tecnológicas no processo social, valorizam a ideia de “comunidade virtual”.


A sociabilidade espacial foi uma fonte importante de apoio e interação entre as pessoas no seu processo de sociabilização, tendo no passado um papel mais importante na estruturação das relações. Hoje o seu papel é menor pois as pessoas não criam laços com base nas raízes espaciais, e sim nas relações baseadas em afinidades.


Barry Wellman, considera que “comunidades são redes de laços interpessoais que proporcionam sociabilidade, apoio, informação, um senso de integração e identidade social” (2001, p.1)


Wellman e Giulia (1999), consideram que as pessoas têm mais de mil laços interpessoais, dos quais apenas meia dúzia são íntimos e menos de 50 são considerados significativamente fortes, tendo em conta o contexto americano. No entanto estes laços tidos como mais fracos não devem ser menosprezados pois continuam a ser fontes de informação, de desempenho, de comunicação, de envolvimento laboral, cívico e lúdico.


A evolução das relações sociais prende-se neste momento com a progressão do individualismo, baseado num sistema de relação social centralizado no indivíduo.


Surge assim segundo Wellman, um tipo de relação baseada em redes egocentradas, designadas por “comunidades personalizadas”.


Com os novos padrões de urbanização, afastamento e desvinculação entre funções e significado, fomenta-se o individualismo e a fragmentação do contexto espacial, surgindo assim o individualismo em rede como característica da nossa sociedade.



A internet como o suporte material para o individualismo em rede


Alguns estudos indicam que a utilização da Internet tem efeitos na manutenção de relações superficiais, que normalmente seriam perdidas. A Internet fortalece o conceito de relações com determinados interesses, como é o caso das comunidades online. Podemos afirmar que a Internet é um suporte de laços fracos, isto é das relações superficiais, mas que raramente serve de suporte a relações duradouras. Assim, as comunidades online são em geral curtas no tempo e poucas vezes chegam à interacção física.


Como o exemplo das comunidades online de apoio a doentes com determinada patologia, que são usadas sobretudo pelos próprios doentes e familiares. Desta forma, podemos caracterizar as comunidades online como a oportunidade de sermos quem quisermos. Esta oportunidade leva a que o indivíduo construa portefólios de identidade para as diferentes comunidades sociais a que pertença. Por outro lado, vemos a Internet como útil na manutenção de relações à distância, já que permite, de uma forma acessível, o contacto permanente sem grandes esforços por parte dos indivíduos.


Contudo, o papel da Internet no desenvolvimento das competências sociais destaca-se no padrão de sociabilidade com base no individualismo. Wellman (2001), citado por (Castells, 2003) afirma que “redes sociais complexas sempre existiram, mas [os] desenvolvimentos tecnológicos recentes na comunicação permitiram [o] seu advento como uma forma dominante de organização social”, o que nos indica que as redes sociais (comunidades online) não vieram inovar as formas de socialização, mas antes suportar o individualismo em rede. (...)



Referência bibliográfica do artigo analisado:


Castells, M. (2003). Comunidades cisrtuais ou sociedade de rede? In M. Castells, A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a Internet, os Negócios e a Sociedade (pp.91 - 113). Rio de Janeiro: JJorge Zahar Editor Lda.



Referência da imagem:


http://www.impactocriativo.com.br/index.php/blog/titulo/galaxia-de-tags/


terça-feira, 29 de março de 2011



A IMAGEM COMO LINGUAGEM
José Alberto Lencastre & José Henrique Chaves

As linguagens e a sua classificação

Os autores deste texto iniciam-no apresentando-nos a perspectiva de Cloutier (1975) que refere os termos: audio-scripto-visual especificando cada uma delas. Refere a seguir que estas mesmas linguagens base podem ser combinadas de forma a criarem linguagens sintéticas – a audiovisual, a scriptovisual e audio-scripto-visual. “Estas novas linguagens não são constituídas por uma simples justaposição de duas linguagens mas por fusão e por síntese, o que dá origem a um modo de comunicação novo.”

Em educação e, mais precisamente nos dias que correm em que temos ao nosso dispor ferramentas tão importantes e ricas como os computadores e outras tecnologias, a linguagem da imagem é utilizada na escola e tanto o áudio, como o visual, como o scripto estão presentes nas novas estratégias e materiais que podem ser utilizados.
Por exemplo, e como nos diz Jonassen (2007:229) “as apresentações multimédia atraem e mantém a atenção dos alunos porque, em geral, são multimodais, isto é, estimulam mais do que um sentido ao mesmo tempo.” Assim sendo, ao conjugarmos diferentes linguagens conseguimos que uma maior motivação dos alunos e, consequente melhoria nos resultados do seu processo de ensino-aprendizagem.

A imagem como linguagem

Alguns autores sustentam a ideia de que assim como é necessário um tempo específico para ler, escrever e falar, também para “ver” uma imagem é imprescindível que exista também um tempo específico.
A alfabetização visual, entendida como a capacidade de ajudar o aluno a compreender e dominar a representação da imagem, permitindo que a mesma seja usada como elemento de omunicação,não se constrói de uma forma rápida.
Dondis (1999, citado por Lencastre e Chaves, 2007, pág. 1166), considera que a base da linguagem possui alguns elementos básicos da linguagem visual, agrupando-os em três tipos: elementos morfológicos, elementos dinâmicos e elementos escalares.
Os elementos morfológicos, constituem a estrutura em que se baseia o espaço plástico, no qual, o ponto, a linha, o plano, a textura, a cor, a forma e o tom são alguns dos elementos visuais essenciais na construção das formas visuais.
Os elementos dinâmicos, como movimento, tensão, ritmo e direcção, são os componentes que fazem parte do dinamismo de uma imagem.
E os elementos escalares, definem-se pelo seu aspecto quantitativo, tendo em conta que por vezes são de natureza quantitativa e por outro relacional uma vez que todos os elementos requerem uma relação: entre a imagem e a realidade (escala); entre as partes de um todo (proporção); entre o vertical e horizontal (formato); e entre o tamanho relativo para a legibilidade da imagem (dimensão).
Todos estes elementos numa imagem, são fundamentais para o aperfeiçoamento da comunicação visual que permite compor e interpretar as mensagens visuais.

A leitura de imagens

Segundo os autores deste artigo, a leitura de imagens pode ser feita de quatro formas: leitura “espontânea”, leitura denotativa e conotativa, leitura analítica e, por fim, leitura segundo a contraposição da teoria tipográfica e da teoria de Gestalt.
A leitura “espontânea” refere-se à interpretação que o homem faz da imagem, o que não deve ser confundido com percepção. Apesar de a humanidade reconhecer e percepcionar da mesma forma uma imagem, é errado acreditarmos que todas as sociedades a interpretam de igual modo.
A leitura denotativa pode ser considerada a leitura objectiva de uma imagem – consiste na descrição dos objectos e/ou indivíduos no contexto espacial. A leitura conotativa considera-se subjectiva e refere-se à interpretação da imagem de acordo com o marco de referência de cada leitor. Os autores defendem que para uma correcta leitura de uma imagem, esta deve ser analisada nas duas formas aqui referidas.
Por sua vez, a leitura analítica de uma imagem deve passar por tês fases: objectiva (análise dos elementos básicos da imagem - linha, ponto, forma, luz, cor, tom, enquadramento), conceptual (descrição de objectos, pessoas, localizações, ambientes) e descrição global (em função das suas características elementares - iconicidade ou abstracção, simplicidade ou complexidade, monossemia ou polissemia, originalidade ou redundância).
Por fim, Alonso e Matilla (1990) referem-se à contraposição da teoria tipográfica e da teoria de Gestalt. A teoria tipográfica defende um método de leitura das imagens semelhante ao da leitura de um texto (da esquerda para a direita e de cima para baixo). Por sua vez, o método de leitura referente à teoria de Gestalt, refere-se à impressão global obtida pelo primeiro golpe de vista, que vai sendo centrado nos diferentes núcleos de interesse. Contudo, os autores defendem a utilização do método da teoria de Gestalt como mais correcto, embora nem sempre seja suficiente, como no caso de imagens muito densas, em que é aconselhável complementar este método com o método tipográfico.
Dos métodos referidos, não há um que seja considerado o ideal. Dependerá do professor a adaptação do(s) método(s) ao contexto escolar em que lecciona, tendo como referência estes aqui referidos.

Referência bibliográfica do artigo analisado:
LENCASTRE, Alberto, CHAVES, Henrique (2007) A Imagem como Linguagem. Libro de Actas do Congreso Internacional Galego-Portugués de Psicopedagoxía. A.Coruña/Universidade da Coruña: Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación.

Outras referências bibliográficas:
DONDIS, Donis (1999). Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes Editora.
JONASSEN, D. (2007), Computadores, Ferramentas cognitivas. Porto. Porto Editora


Referência da imagem: